O objeto conhecido como Eiusi Eneja Ytewo na língua waurá, configura-se como uma máscara xinguana de perereca fêmea nas cores preto e vermelho, caracterizada por uma moldura oval de madeira roliça, servindo de “bastidor” para tecer, com fios de algodão, a cara da máscara. Sobre o tecido foram pintados motivos gráficos e ornamentais, representante do mito Apapaatai, mantendo interfaces com o sistema de cura xamânica, denominados de Kulupiene além de representados os olhos protuberantes e a boca de mandíbula de piranha de onde parte uma espécie de borla de algodão decorado. É guarnecida de franja de buriti, para ocultar o rosto. A figuração dos quatro membros foi feita de galhos recobertos de fios tingidos de algodão.
Urucum
Bastão
O bastão da Máscara Apsa Filha, configura-se como parte de um equipamento de cerimônia de aspiração do ser sobrenatural Apasa, representante do mito apapaatai, que leva as almas dos mortos. O objeto apresenta-se como um caule de madeira em sentido retilíneo, inteiramente tingido pelo pigmento vermelho.
Máscara
O objeto conhecido como Sapukuyawá Eneja Ytewo na língua waurá, configura-se como uma máscara trançada calça-e-camisa ou máscara de Apapaatai, mantendo interfaces com o sistema de cura xamânica. A máscara apresenta-se como um capuz, manufaturado segundo a técnica do trançado com palha de buriti, tendo uma madeira entalhada no ápice, em forma de peixe, mantendo na base um véu de palha de buriti, transpassado na extremidade superior, por um bastão de madeira, além de borlas vermelhas dependuradas. Na representação do rosto, olhos protuberantes e boca de mandíbulas de piranha. O objeto apresenta motivos gráficos e ornamentais, nas cores preta e vermelha, denominado de kulupiene.
Propulsor
O objeto conhecido como Yawari Onita na língua Waurá, configura-se como uma tabuleta de madeira talhada em forma de ampulheta com um furo na parte mediana, afinando na sua parte distal (próximo à ponta) e prolongando-se em vara que termina com um gancho. O furo serve para introduzir o indicador que facilita o arremesso do dardo. É uma arma de arremesso do tipo complexa, que atira o dardo e por isso, é denominado de propulsor de dardo. O objeto apresenta o acabamento feito de linha de algodão na cor vermelha. Devido ao contorno mais sinuoso e delicado da empunhadeira, o autor e seu filho disseram ter preferência por este propulsor dentre os três feitos por Yutá e coletados para a coleção. O propulsor está caindo em desuso num momento em que a festa Yawari começa a ter mudanças: para não machucar os participantes da festa eles estão preferindo lançar os dardos com a mão ao invés de usar o propulsor.
Bastão
O bastão da Máscara Apsa Apai, configura-se como parte de um equipamento de cerimônia de aspiração do ser sobrenatural Apasa, representante do mito apapaatai, que leva as almas dos mortos. O objeto apresenta-se como um caule de madeira em sentido retilíneo, inteiramente tingido pelo pigmento vermelho.
Cesto
O objeto, conhecido como Maiakutãe na língua indígena Waurá, configura-se como um cesto do tipo gameliforme que caracteriza-se por ser uma espécie de recipiente e/ou cargueiro (transportado sobre a cabeça). De borda alargada e diâmetro equivalente ao da base, o bojo deste cesto, assume um formato proporcional no sentido altura e largura, apresentando a sua base em uma conformação quadrada. Manufaturado segundo as técnicas do Sarjado, o objeto demonstra a sua trama disposta nos sentidos reto e oblíquo, produzindo um efeito diagonal ao perpassar dos elementos da sua urdidura, dando lugar a uma multiplicidade de desenhos geométricos, especificados pelo cruzamento diagonal, salientados pela utilização do pigmento negro e vermelho, utilizado como artifício de ornamentação. O objeto apresenta ainda um fio de buriti, amarrado em sua borda, assumindo a função de alga. Os motivos gráficos e ornamentais desta peça, são conhecidos entre os Waurá, como Kajujuto Tapaka.
Máscara
O objeto conhecido como Apasa Pojo na língua waurá, configura-se como uma máscara xinguana Cabeça-de-cabaça ou Máscara de Apasa Pai, representante do mito Apapaatai, mantendo interfaces com o sistema de cura xamânica; caracterizada por uma cabaça inteira, com dois furos redondos representando os olhos, figuração de boca, nariz e pintura facial, culminando com uma franja de palha e tendo orelhas trançadas. O objeto apresenta motivos gráficos e ornamentais nas cores preta e vermelha, denominados de Ejenaku e Mohonjánaku. Segundo M. N. Fénelon Costa o nome em Mehináku dessa máscara é Njamalú “O muito feio”.
Panela
O objeto conhecido como Makula Weke na língua Waurá, configura-se como uma panela de cerâmica do tipo gameliforme, em forma de gamela, baixa, atarracada, com o diâmetro da boca aproximadamente igual ao da base. Manufaturada de acordo com o processo de elaboração da cerâmica, o objeto passou pelos procedimentos de modelagem, secagem, raspagem, lixamento, alisamento e queima. O objeto apresenta o seu interior tingido de negro, enquanto que a sua parte externa apresenta motivos gráficos e ornamentais, nas cores preto, vermelho e marrom, denominados de Kasukupé, Imitseunê, Pauá Piná e Mepeje.
Panela
O objeto conhecido como Yalatu Kana, na linguagem Waurá, configura-se como uma panela de cerâmica zoomorfa, no formato do crustáceo caranguejo, do tipo gameliforme, em forma de gamela, baixa, atarracada, com o diâmetro da borda aproximadamente igual ao da base. Manufaturado de acordo com o processo de elaboração de cerâmica, o objeto passou pelos procedimentos de modelagem, secagem, raspagem, lixamento, alisamento e queima. O objeto apresenta o seu interior tingido de negro, enquanto que na parte externa apresenta-se motivos gráficos e ornamentais nas cores preta e vermelha.
Bastão
O bastão da Máscara Apsa Mãe, configura-se como parte de um equipamento de cerimônia de aspiração do ser sobrenatural Apasa, representante do mito apapaatai, que leva as almas dos mortos. O objeto apresenta-se como um caule de madeira em sentido retilíneo, inteiramente tingido pelo pigmento vermelho.