O objeto conhecido como Eiusi Eneja Ytewo na língua waurá, configura-se como uma máscara xinguana de perereca fêmea nas cores preto e vermelho, caracterizada por uma moldura oval de madeira roliça, servindo de “bastidor” para tecer, com fios de algodão, a cara da máscara. Sobre o tecido foram pintados motivos gráficos e ornamentais, representante do mito Apapaatai, mantendo interfaces com o sistema de cura xamânica, denominados de Kulupiene além de representados os olhos protuberantes e a boca de mandíbula de piranha de onde parte uma espécie de borla de algodão decorado. É guarnecida de franja de buriti, para ocultar o rosto. A figuração dos quatro membros foi feita de galhos recobertos de fios tingidos de algodão.
Buriti
Braçadeira emplumada
O objeto conhecido como Wananain Kajujuto Mapupenu, na linguagem Waurá, configura-se como sendo um adorno plumário na altura do bíceps. Manufaturada segundo à técnica de amarração, a peça apresenta as penas nas cores amarela, fixadas em fios de buriti, através do “nó cabeça de calhandra”, que é a técnica de entrelaçar com enodação, ou seja, duas laçadas simples perpassando a argola pendente situando-se como cordel – amarilho, preso ao cordel – base de fibra de algodão, que serve como sustentáculo para a produção do objeto. O objeto possui extremidades, constituídas de fibras de algodão, livres e longas, com o comprimento necessário ao fim que se destina.
Rede
O objeto conhecido como Amaka na linguagem indígena dos Waurá configura-se como uma espécie de leito balançante, suspenso pelas extremidades terminadas em argolas, elaboradas do mesmo material da rede, apresentando entretanto os fios de buriti nas extremidades das argolas. Este objeto, apresenta-se como um conjunto de componentes distintos, sem no entanto haver desdobramento destas partes. Podem então, ser distinguidos: 1) cama, correspondente à parte tecida; 2) cabos elementares, equivalendo ao prolongamento da urdidura não entretorcida; 3)Punhos, remetendo às argolas terminais. Manufaturada segundo as técnicas do contra torcido, a rede apresenta-se em diversas cores, distinguindo tons médios e fortes, predominando as cores preta, amarela e vermelha nas linhas horizontais; de acordo com um trabalho em trama, produzida quando quatro fios englobam entre si, os elementos do urdume. O produto final com aparência de trança, é, no entanto, idêntico. Ou seja, o entretorcimento em “S” e em “Z” contrapostos. Os motivos gráficos e ornamentais do objeto são conhecidos entre os waurá, como Hatalaká e Mepinhaku.
Uluri
O objeto conhecido como Uatanin Spaluku na língua waurá, tem sua designação em língua Bakairí, difundida por toda a área do alto do xingu, para uma minúscula tampa feminina. Consta de um triângulo de entrecasca de árvore, medindo os maiores 5,5 cm de largura por 2 cm de comprimento, de cujo vértice, voltado para baixo, pende um cordel perinal. O uluri é suspenso por um outro cordel atado a um cinto de fios que contornam as cadeiras. Tanto a entrecasca de árvore, quanto os fios e cordéis (fios de buriti) são fibras vegetais.
Manga
O objeto conhecido como Sapukuyawá Uapi Enejo Uona na língua Waurá, configura-se como uma manga direita, utilizada na altura do bíceps, como parte de uma indumentária utilizada em rituais. O objeto caracteriza-se como inúmeros fios de buriti colocados em posição paralela desde sua extremidade superior até o meio do seu corpo, em cordéis trançados do mesmo material. Manufaturada de acordo com a técnica nó cabeça de calhandra, o objeto apresenta toda a sua franja, fixada de maneira apertada e extremamente próximas.
Cesto
O objeto, conhecido como Maiakutai na língua indígena Waurá, configura-se como um cesto do tipo gameliforme que caracteriza-se por ser uma espécie de recipiente e/ou cargueiro (transportado sobre a cabeça). De borda alargada e diâmetro equivalente ao da base, o bojo deste cesto, assume um formato proporcional no sentido a altura e largura, apresentando a sua base em uma conformação quadrada. Manufaturada segundo as técnicas do Sarjado, o objeto demonstra a sua trama disposta nos sentidos reto e oblíquo, produzindo um efeito diagonal ao perpassar dos elementos da sua urdidura, dando lugar a uma multiplicidade de desenhos geométricos, especificados pelo cruzamento diagonal, salientados pela utilização do pigmento negro, utilizado como artifício de ornamentação. Estes motivos gráficos e ornamentais são conhecidos como Wene Wene Sucu, Alamá Jata, Mepinyku entre os Waurá. O objeto apresenta ainda na extremidade de sua base, quatro borlas em tom vermelho, manufaturados de acordo com a técnica de amarração, que consiste na fixação entre si de cordões de algodão, presos por um atilho à parte em espiral. O Maiakutãi é um dos principais artefatos de arte turística feito pelos homens. Seu uso é cada vez mais restrito na aldeia, quase toda a produção vai para lojas de artesanato.
Escarificador
O objeto conhecido como Yuma Piuala na língua Waurá, configura-se como um objeto de toucador, também denominado de Sarjador, utilizado para de sangrar a pele e fortalecer o corpo. O objeto apresenta-se por um pedaço de madeira alongada e de diâmetro pequeno; provido de uma série de pequenos e agudos dentes do peixe cachorra, encravados junto à extremidade considerada superior e fixados atrás por meio de um grosso cordão de algodão – decorado com pigmento fêmea em formas geométricas – que volteia os dentes e a parte superior da madeira, tingida de vermelho. O objeto apresenta ainda, na parte superior, envolta no cordão, passando por detrás da arcada dentária do peixe, e com suas extremidades aparentes nas duas laterais do objeto; fios de buriti tingido de pigmento negro. Os motivos gráficos e ornamentais deste objeto são denominados de kulupiene entre os waurá.
Manga
O objeto conhecido como Sapukuyawá Uapi Enejo Uona na língua Waurá, configura-se como uma manga direita, utilizada na altura do bíceps, como parte de uma indumentária utilizada em rituais. O objeto caracteriza-se como inúmeros fios de buriti colocados em posição paralela desde sua extremidade superior até o meio do seu corpo, em cordéis trançados do mesmo material. Manufaturada de acordo com a técnica nó cabeça de calhandra, o objeto apresenta toda a sua franja, fixada de maneira apertada e extremamente próximas.
Braçadeira emplumada
O objeto conhecido como Wananain Kajujuto Mapupenu, na linguagem Waurá, configura-se como sendo um adorno plumário na altura do bíceps. Manufaturada segundo à técnica de amarração, a peça apresenta as penas nas cores amarela, fixadas em fios de buriti, através do “nó cabeça de calhandra”, que é a técnica de entrelaçar com enodação, ou seja, duas laçadas simples perpassando a argola pendente situando-se como cordel – amarilho, preso ao cordel – base de fibra de algodão, que serve como sustentáculo para a produção do objeto. O objeto possui extremidades, constituídas de fibras de algodão, livres e longas, com o comprimento necessário ao fim que se destina.
Braçadeira emplumada
O objeto configura-se como um adorno plumário na altura do bíceps. Manufaturada segundo à técnica de amarração, a peça apresenta as penas nas cores amarela, verde, azul, vermelho e preto, misturada, fixadas em fios de buriti, através do “nó cabeça de calhandra”, que é a técnica de entrelaçar com enodação, ou seja, duas laçadas simples perpassando a argola pendente situando-se como cordel – amarilho, preso ao cordel – base de fibra de algodão, que serve como sustentáculo para a produção do objeto. O objeto possui extremidades, constituídas de fibras de algodão, livres e longas, com o comprimento necessário ao fim que se destina.